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Paredes que me rejeitam

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Há um teto, mas não há abrigo. Paredes que ecoam o som do desprezo, olhares que me atravessam como lâminas invisíveis. Sou hóspede do vazio, intrusa na própria história, fantasma de carne e osso andando entre escombros afetivos. O mundo pesa… Contas, vozes, julgamentos, cicatrizes abertas, feridas que ninguém vê, mas que me devoram inteira. Às vezes me perco de mim, como se eu fosse estrela distante, brilhando onde não alcanço. Há dias em que fujo, nos labirintos da mente, imaginando outro lugar, ou imaginando… nenhum lugar. Não pertenço. Nem aqui, nem lá, nem em mim. E assim sigo, carregando sombras e acendendo, na escuridão, uma vela teimosa chamada esperança .

Prisão de Névoa

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Na neblina densa da noite fechada, até a estrela parece cansada. Sobe um véu de fumaça e frio, guardando segredos num céu vazio. Torres caídas, silêncio no ar, lembranças que insistem em não passar. Vozes que choram num canto arrastado, repetem um tempo triste e quebrado. O vento só leva aquilo que dói, sussurra baixinho tudo que se destrói. Lágrimas frias caem sem direção, marcando os traços da desilusão. E ali na sombra, sem luz, sem saída, vaga uma alma sem cor, sem vida. Preso entre o mundo e a solidão, vivendo o resto do que era paixão.

À Sombra da Eternidade

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Na madrugada, o vento faz cena, soprando ruínas de vida pequena. Lágrimas caem na calçada fria, e o silêncio pesa, sem companhia. Na luz do poste, sombras se espalham, sussurram nomes que já não falam. Gente que foi, mas ficou na mente, vagando no peito de quem sente. Um corvo no fio, quieto, observa, uma alma quebrada que já não enxerga. Preso num loop que o tempo ignora, espera o fim que nunca demora. No prédio vazio, com janelas quebradas, rezas murmuram por almas cansadas. Flores secas largadas no portão, cheiram saudade, cheiram solidão. E a gente vai, perdido na fumaça, sem norte, sem sonho que nos abrace. Até que a noite nos leve de vez, e tudo se apague, sem porquês.

Ilusão de mim

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No espelho, um sorriso forjado, uma máscara que o tempo esculpiu. Por dentro, um vazio, um grito calado, um eco da vida que um dia existiu. Os dias passam em cinza desfeito, num teatro onde só eu sou atriz. A plateia aplaude um gesto perfeito, mas o coração sangra, infeliz. Carrego o fardo de olhos severos, de braços ausentes, frios e etéreos. Sou estrangeira em terras fechadas, sombra esquecida em noites caladas. E até quando, pergunto em segredo, suportarei essa farsa cruel? Cada passo é um peso sem medo, cada sorriso, um veneno de mel. Se o mundo me rejeita, quem sou eu? Um fantasma, um rascunho, um borrão. Mas na noite escura, o céu estremeceu, e fiquei só, com minha solidão. Talvez, um dia, esse véu se desfaça, e o que escondo encontre perdão. Mas por agora, minha alma se enlaça, na dor de ser apenas ilusão.

Vivendo simplesmente

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Inconsciente. Vivo fora de tudo que vocês chamam de realidade. Existe uma distância enorme entre o que vocês veem e aquilo que pulsa dentro de mim. Caminho entre sombras, tentando entender se o que sou é real ou apenas mais uma falha do sistema que vocês juram seguir. Louca? Talvez. Ou talvez eu só tenha enxergado cedo demais que nada disso faz sentido. Minha mente não é lugar seguro. É um labirinto cheio de portas que não se abrem, espelhos quebrados que refletem pedaços de mim que eu nunca pedi pra carregar. Às vezes penso que deveria me encaixar, fingir que sou como vocês, fingir que isso aqui não me rasga, não me corrói, não me sufoca. Mas não. Sigo sendo essa presença que não se encaixa, essa ausência em meio a tanta gente, esse erro que respira enquanto o mundo insiste em morrer. Olho no espelho e só vejo rachaduras. Não sobrou espaço pra beleza, pra perfeição, pra esperança. Só sobrou o que vocês tentaram destruir. Só sobrou o que eu me recusei a entregar. E eu... não sou mais o...

Reflexão

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Não tenho medo de cair Não tenho medo de voar Já me acostumei a levar tombos E caindo aprendi a levantar Não cortarei os meus pulsos Na mais profunda depressão Não acreditarei em promessas Pois ja sofri desilusão Enquanto o sangue pulsar em minhas veias Enquanto o meu coração bater Não viverei de regras E não deixarei de viver.

Não me deixe

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Eu sei que as chances são mínimas, E que as esperanças estão se apagando, Mas eu me recuso a desistir de você. Eu não vou te deixar ir. Você não vai partir. Eu não quero e não vou permitir. Ainda sinto o seu coração bater, E enquanto houver vida, haverá esperança. É insuportável te ver assim, Me dilacera por dentro. Assistir ao seu sofrimento sem poder te ajudar É a pior das torturas. Fico em silêncio diante da sua dor, Mas por dentro grito, imploro, Que você resista, que tudo isso passe, Que você se salve. Não vá embora. Não me deixe nesse abismo De tristeza, de desespero, de loucura. Eu estou perdida, sem rumo, sem forças. Eu só preciso olhar nos seus olhos mais uma vez, E te ver bem, mesmo que por breves instantes. Mesmo que seja a última vez.

Quando eu não estiver

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Q uando  fechar  os meus olhos para sempre Não adianta me abraçar e me beijar Não adianta dizer que signifiquei alguma coisa para você  Porque não sentirei seu abraço, não sentirei o gosto de seu beijo E ainda que escute suas palavras não conseguirei te responder Quando não estiver mais do seu lado Pode ser que sinta minha falta Pode ser que pense em mim antes de dormir Lembrando nossos momentos que foram poucos Mas que  significaram alguma coisa Mesmo que apenas para mim Quando meu túmulo se  fechar E nunca mais puder olhar nos meus olhos Nem escutar o som da minha voz Sei que se arrependerá de muita coisa E talvez até queira voltar  no passado  Mas  infelizmente vai ser tarde de mais.

Salva - me

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Salva me das trevas Liberta me da escuridão Me afasta do anjo da morte E das paredes da depressão Me dê forças para resistir E para continuar lutando Pois o vazio invadiu minha vida Sei que o meu tempo está acabando Pensamentos obscuros invadem minha mente A tentação não me deixa dormir Passo a madrugada pensando na vida Sem ter motivos nenhum para sorrir Senhor só você me conhece Só você entende o meu ser Me protege meu Deus me protege A minha vida eu entrego a você

Asas da liberdade

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Sou uma ave ferida, despida de cor, Já conheci o céu, o vento, o ardor. Voava sozinha, sem chão, sem amarras, Cortava as alturas, rasgava as garras. A liberdade era minha, meu lar, meu abrigo, A dor não doía, era só meu castigo. Mas agora sou sombra, vazio, lamento, Um eco perdido no próprio tormento. Tenho asas, mas elas não mais se abrem, O céu me renega, os ventos não cabem. Fiquei ali, presa, à beira da queda, Com o coração frio, a alma sem seda. No abismo, um lampejo um sopro insano, Uma ideia absurda, cruel, sem engano. Eu precisava tentar, mesmo em ruína, Mesmo que a dor em mim se aninha. Bati minhas asas, mil vezes, sangrando, O ar me cortava, mas eu fui voando. E então, num milagre de pura agonia, Toquei o céu... por um instante, fui poesia. Lá de cima, o mundo era pequeno e calado, A dor parecia um sonho apagado. Mas o voo cobrou o que restava em mim, Minhas asas cederam, era o fim. Caí sem desespero, sem culpa ou rancor, Pois em meu último fôlego, sem dor, Eu senti  não ...

Inconsequência

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Eu sentada no meio do nada Tentando reconstruir, Olhando para o chão e catando os pedaços Que você deixou cair Não adianta jogar pedra Não adianta me acertar  Construí minha armadura  E aprendi a atirar Coração despedaçado Sem forças para continuar  Não importa oque eu sinto Vou fazer você pagar Minha vida agora é amarga Minha vida agora é escura  Nada me trará de volta, Minha doença não tem cura.                                                                                                 ...

Destino

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Vivia em um mundo de armadilhas ocultas, Onde qualquer passo em falso Me lançaria ao abismo eterno, sem retorno. A solidão era meu único alento, Densa e silenciosa como o anjo da morte, Minha única companheira, fria e constante. Mesmo buscando presença entre os vivos, Era um espectro indesejado, Um eco sufocado no vazio. A dor, meu fardo e minha força, Me moldava em sombras profundas, Enquanto o ódio germinava, Tomando raízes em minha alma. A cada dia que se desfazia, Morria um fragmento de mim, E o que restava tornava-se cinza, Perdido nas trevas de minha própria essência. Até que te conheci, Uma visão que nunca toquei, Mas que sempre soube existir Como um sonho adormecido em meu ser. Hoje, tua presença invisível é vital, Um enigma inexplicável, Como se tua existência fosse escrita Nas páginas do meu destino. És a luz que corta meu nevoeiro, Guiando-me por caminhos esquecidos, Mantendo as trevas à distância, E impedindo que a escuridão me consuma. Teu amor é um mistério imensurável, U...

Caminho Sem Volta

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Era uma vez um menino Que queria sua vida mudar Tinha na mente muitos planos Mas não tinha grana para poder alcançar Ele sonhava com um mundo Sem violência onde pudesse brincar Teve seus sonhos destruídos E sem dinheiro começou a roubar Ele dizia oh mãe, não chore Um dia tudo vai melhorar Vamos ter casa, dinheiro e comida Não vai ter motivos para se preocupar Na rua encontrou falsos amigos Todos dispostos a ajudar Ofereceram dinheiro fácil Oferta dificil de se recusar Aos poucos foi ganhando fama Tinha tudo oque queria Na vida de traficante Muitas vidas ele destruía  O dinheiro e as riquezas O impediram de enxergar Seu amigos de verdade Que queriam lhe salvar Infelizmente essa historia  Não teve um final feliz Ele morreu assassinado  Bem de frente para matriz Seu amigo companheiro  Aquele que mais confiava Lhe deu um tiro certeiro  Sem dizer uma palavra.

A dor da saudade

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Não quero mais sentir saudades Não suporto mais sofrer Dor que invade minha alma E atormenta meu viver Como um câncer me consome Me machucando por dentro Penetra na minha alma E invade meus pensamentos É uma dor que me sufoca Ao ponto de não suportar É um desejo incontrolável  Me faz sofrer me faz chorar Eu te quero aqui comigo Eu não quero te perder Mas se te ter é impossível Eu prefiro não viver.

Por Quem Nunca Me Amou

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Ando pela noite, sem rumo, sem fim, Levando no peito o que nunca foi meu. Teu riso distante é cruel pra mim, Uma promessa que o vento esqueceu. Te esperei nas sombras, na chuva, no frio, Mas teu coração nunca olhou pro meu. Enquanto te sigo, num passo vazio, Me perco em um sonho que nunca nasceu. Queria teu toque, teu olhar perdido, Mas só carrego a falta, o nó na garganta. Te amo em silêncio, num amor proibido, Que queima, que dói, mas nunca me encanta. E assim vou vivendo, sozinha, sem cura, Com teu nome gravado em meu coração. Amar quem não ama é sorte tão dura, Mas é o que me resta nessa escuridão.

Crise existencial

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Palavra, por que me machuca tanto? Por que me tornei tão vulnerável? Não consigo mais fingir que não sinto nada Quando a dor invade minha alma Me impedindo de seguir em frente Por muito tempo quis ser forte Alimentando, sentimentos de raiva e rancor Guardando tudo em meu peito Sem derramar uma lágrima  Porém, não tenho mais forças Para continuar resistindo Me sinto sozinha Sei que não sou perfeita Mas custa me aceitar do jeito que sou? Sem me criticar Sem me machucar profundamente Estou completamente perdida Não sei quem sou de verdade Ora penso que sou a mocinha Ora tenho certeza de que sou a vilã Eu não sei porque nasci  Nem por que continuo aqui  Mas não vejo luz no fim do túnel  O amor morreu dentro de mim.

Último Adeus

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Meu sangue escorre em rios Toque a dor que me consome. Veja os cortes que se abrem, Sinta o calor que se some. Sinta meu corpo tremendo, A vida em lenta partida. Encare o pânico cruel De assistir minha despedida. Não derrame uma lágrima, Nada mais me resgatará. Pode ferir minha memória, Que isso pouco importará. A morte já se avizinha, Meu corpo cede ao vazio. Ouço prantos sufocados: Tarde demais... É o fim do frio.

Eco do nada

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Na calma escura de mais uma noite, Caminha sozinha, sem rumo ou açoite. Não tem amigos, ninguém que a veja, Só o vento gelado que sua dor deseja. Os sonhos? Foram, como fumaça no ar, E as esperanças pararam de chegar. Sem planos, sem cor, só o vazio insiste, Perguntando baixinho por que ainda existe. "Sou nada", pensa, com o peito apertado, Um grão de poeira num canto apagado. Enquanto o mundo parece girar, Ela briga em silêncio pra não desabar. Se sente pequena, sem brilho ou história, Uma sombra esquecida num canto da glória. Mas, lá no fundo, algo não cede, Mesmo que tudo ao redor não acredite ou a ajude. No espelho rachado, encara a si mesma, Vê que o que resta ainda não tremeu na mesa. E mesmo sem luz, o escuro murmura: Segue em frente, a força tá na luta dura.

Te esperei na madrugada

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Te esperei onde o silêncio faz morada, Na rua vazia, na noite calada. O vento frio virou meu parceiro, Enquanto eu sonhava com teu cheiro. Teu nome preso no meu pensamento, Tua falta virou meu tormento. Te amei quietinha, sem ser notada, Na sombra do amor, fiquei parada. Te vejo de longe, mas você nem nota, Sou só um suspiro que o tempo derrota. Minha dor virou verso jogado ao vento, Meu amor, um grito guardado por dentro. E sigo aqui, nessa espera sem fim, Querendo um olhar, um sinal, enfim. Mas no fundo eu sei, não vai rolar, Te amei no escuro... e lá vou ficar.

Lamentavel desigualdade

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Nos lugares por onde passo vejo pessoas gemendo de dor vejo crianças morrendo de fome abandonados sem direito a amor Fracassados e sem futuro sem mais nada para fazer procuram no mundo do crime um jeito de sobreviver Já perdi as esperanças de que o mundo vai melhorar pois cada dia só piora e não tem como não notar Se o mundo fosse mais justo e não houvesse desunião não haveria oportunidade  Para o pobre virar ladrão.

Tudo acaba

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Um dia tudo acaba É bom se acostumar Nada dura para sempre Você ainda vai penar Sua alegria vai embora A tristeza te atormenta A depressão que te consola E o ódio te alimenta Seus amigos te abandonam Você fica sem lugar Você chora você grita Mas ninguém para te escutar.

Vida vazia

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Estou caminhando Não sei para onde E nem até quando Sigo em frente Sem olhar para traz Passado está morto Não volta jamais Sozinha á noite Sem medo ou pavor Eu corto meus pulsos E acabo com a dor.

Sombras do que me faltou

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No silêncio, minha dor se esconde, Um amor que busco e nunca responde. Sempre à margem, sem ser o bastante, Um vazio profundo, um peso constante. Teu olhar passa, mas não me vê, Sou só silêncio onde não quer estar. Enquanto outros têm o teu calor, Eu fico perdida, sentindo a dor. Queria que soubesse, que fosse claro, Que ser ignorada é meu maior fardo. Meu amor não grita, mas não é menor, Só queria que notasse o que há de melhor. Mas mesmo na sombra, não vou parar, Meu coração aprende a suportar. Quem sabe um dia, quando olhar pra trás, Vai entender o que ficou pra jamais. Eu sigo tentando, mesmo que doa, Cresço no espaço que a falta ecoa. E se um dia notar o que não viu, Espero que entenda o que já feriu.

Dor na alma

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Dizem que o mundo é sinistro, Um vazio gravado em velho registro. Nascemos, morremos, voltamos a ser, Pois a morte é só mais um renascer. Formamos um povo repleto de dor, Carregado de inveja e sem amor. Vivemos na sombra da maldição, Presos no laço da escuridão. Não sei ao certo por que existo, Nem temo o fim, pois não resisto. Se é assim que tudo será, Aceito o destino, seja o que há. Me matam aos poucos, sem me entender, Julgam a alma sem nada saber. Cravam punhais no meu coração, E me afundam na escuridão. Sou uma sombra, um ser esquecido, Minha alma escura, meu sonho partido. Meu ódio transborda naquilo que penso, E carrego nas letras um fardo imenso Não quero viver na mentira da fé, Nem me ajoelhar diante do que é. Meus olhos flamejam com fúria intensa, E minha alma grita por vingança imensa.

Sussuros da solidão

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Carrego no olhar o peso de ser deixada, um vazio que grita e ninguém faz nada. Queria tanto ser amada de verdade, mas tem muro demais e pouca vontade. Será que um dia isso vai virar? E o sol vem quietinho me abraçar? Ou tô presa nesse buraco sem saída, onde amor é só ideia, não é vida? As humilhações falam baixo, mas doem fundo, tipo espinho que não some com o tempo do mundo. Será que vale a pena seguir nessa estrada, se todo amanhã parece a mesma jornada? Ainda assim tem uma faísca teimosa, uma esperança boba, mas corajosa. Talvez, depois dessa noite sem fim, exista um cantinho só pra mim. E se não tiver, eu crio um lugar, onde a dor não consiga me alcançar. Porque mesmo na dúvida, eu sou chama, e vai que um dia... sou eu quem ama.

Depressão

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Meu coração está sangrando Procuro o sangue estancar Mas a ferida cada vez mais se abre E parece não cicatrizar Minha alma grita de dor Mas ninguém parece se importar Peço  a Deus para me dar um consolo Estou sem forças para continuar  O meu mundo cada vez mais vazio Não me encontro em nenhum lugar Minha vida perdeu o sentido Sou um anjo e não posso voar.