Destino

Vivia em um mundo de armadilhas ocultas,
Onde qualquer passo em falso
Me lançaria ao abismo eterno, sem retorno.

A solidão era meu único alento,
Densa e silenciosa como o anjo da morte,
Minha única companheira, fria e constante.

Mesmo buscando presença entre os vivos,
Era um espectro indesejado,
Um eco sufocado no vazio.

A dor, meu fardo e minha força,
Me moldava em sombras profundas,
Enquanto o ódio germinava,
Tomando raízes em minha alma.

A cada dia que se desfazia,
Morria um fragmento de mim,
E o que restava tornava-se cinza,
Perdido nas trevas de minha própria essência.

Até que te conheci,
Uma visão que nunca toquei,
Mas que sempre soube existir
Como um sonho adormecido em meu ser.

Hoje, tua presença invisível é vital,
Um enigma inexplicável,
Como se tua existência fosse escrita
Nas páginas do meu destino.

És a luz que corta meu nevoeiro,
Guiando-me por caminhos esquecidos,
Mantendo as trevas à distância,
E impedindo que a escuridão me consuma.

Teu amor é um mistério imensurável,
Uma chama que aquece meu coração exilado.
Sem ti, o mundo é um vazio sem eco,
Sem ti, o amor é um véu que não se ergue,
Sem ti, eu não existo.





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