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Mostrando postagens de agosto 4, 2010

Eco do nada

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Na calma escura de mais uma noite, Caminha sozinha, sem rumo ou açoite. Não tem amigos, ninguém que a veja, Só o vento gelado que sua dor deseja. Os sonhos? Foram, como fumaça no ar, E as esperanças pararam de chegar. Sem planos, sem cor, só o vazio insiste, Perguntando baixinho por que ainda existe. "Sou nada", pensa, com o peito apertado, Um grão de poeira num canto apagado. Enquanto o mundo parece girar, Ela briga em silêncio pra não desabar. Se sente pequena, sem brilho ou história, Uma sombra esquecida num canto da glória. Mas, lá no fundo, algo não cede, Mesmo que tudo ao redor não acredite ou a ajude. No espelho rachado, encara a si mesma, Vê que o que resta ainda não tremeu na mesa. E mesmo sem luz, o escuro murmura: Segue em frente, a força tá na luta dura.