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Último Adeus

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Meu sangue escorre em rios Toque a dor que me consome. Veja os cortes que se abrem, Sinta o calor que se some. Sinta meu corpo tremendo, A vida em lenta partida. Encare o pânico cruel De assistir minha despedida. Não derrame uma lágrima, Nada mais me resgatará. Pode ferir minha memória, Que isso pouco importará. A morte já se avizinha, Meu corpo cede ao vazio. Ouço prantos sufocados: Tarde demais... É o fim do frio.

Eco do nada

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Na calma escura de mais uma noite, Caminha sozinha, sem rumo ou açoite. Não tem amigos, ninguém que a veja, Só o vento gelado que sua dor deseja. Os sonhos? Foram, como fumaça no ar, E as esperanças pararam de chegar. Sem planos, sem cor, só o vazio insiste, Perguntando baixinho por que ainda existe. "Sou nada", pensa, com o peito apertado, Um grão de poeira num canto apagado. Enquanto o mundo parece girar, Ela briga em silêncio pra não desabar. Se sente pequena, sem brilho ou história, Uma sombra esquecida num canto da glória. Mas, lá no fundo, algo não cede, Mesmo que tudo ao redor não acredite ou a ajude. No espelho rachado, encara a si mesma, Vê que o que resta ainda não tremeu na mesa. E mesmo sem luz, o escuro murmura: Segue em frente, a força tá na luta dura.

Te esperei na madrugada

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Te esperei onde o silêncio mora, Na rua deserta, na noite sem hora. O vento gelado me fez companhia, Enquanto sonhava que tu virias. Teu nome, murmúrio preso no peito, Tua falta, um vazio que não tem jeito. Te amei no escuro, sem ser percebida, Na sombra do amor, perdi minha vida. Te vejo de longe, mas nunca me vês, Sou só um suspiro que o tempo desfez. Minha dor é poema que ninguém leu, Meu amor é um grito que nunca foi teu. E assim sigo, na espera infinita, De um toque, um olhar, uma alma bendita. Mas sei, no fundo, que não vai mudar, Te amei na noite e lá vou ficar.

Lamentavel desigualdade

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Nos lugares por onde passo vejo pessoas gemendo de dor vejo crianças morrendo de fome abandonados sem direito a amor Fracassados e sem futuro sem mais nada para fazer procuram no mundo do crime um jeito de sobreviver Já perdi as esperanças de que o mundo vai melhorar pois cada dia só piora e não tem como não notar Se o mundo fosse mais justo e não houvesse desunião não haveria oportunidade  Para o pobre virar ladrão.

Tudo acaba

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Um dia tudo acaba É bom se acostumar Nada dura para sempre Você ainda vai penar Sua alegria vai embora A tristeza te atormenta A depressão que te consola E o ódio te alimenta Seus amigos te abandonam Você fica sem lugar Você chora você grita Mas ninguém para te escutar.

Vida vazia

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Estou caminhando Não sei para onde E nem até quando Sigo em frente Sem olhar para traz Passado está morto Não volta jamais Sozinha á noite Sem medo ou pavor Eu corto meus pulsos E acabo com a dor.

Sombras do que me faltou

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No silêncio, minha dor se esconde, Um amor que busco e nunca responde. Sempre à margem, sem ser o bastante, Um vazio profundo, um peso constante. Teu olhar passa, mas não me vê, Sou só silêncio onde não quer estar. Enquanto outros têm o teu calor, Eu fico perdida, sentindo a dor. Queria que soubesse, que fosse claro, Que ser ignorada é meu maior fardo. Meu amor não grita, mas não é menor, Só queria que notasse o que há de melhor. Mas mesmo na sombra, não vou parar, Meu coração aprende a suportar. Quem sabe um dia, quando olhar pra trás, Vai entender o que ficou pra jamais. Eu sigo tentando, mesmo que doa, Cresço no espaço que a falta ecoa. E se um dia notar o que não viu, Espero que entenda o que já feriu.

Dor na alma

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Dizem que o mundo é sinistro, Um vazio gravado em velho registro. Nascemos, morremos, voltamos a ser, Pois a morte é só mais um renascer. Formamos um povo repleto de dor, Carregado de inveja e sem amor. Vivemos na sombra da maldição, Presos no laço da escuridão. Não sei ao certo por que existo, Nem temo o fim, pois não resisto. Se é assim que tudo será, Aceito o destino, seja o que há. Me matam aos poucos, sem me entender, Julgam a alma sem nada saber. Cravam punhais no meu coração, E me afundam na escuridão. Sou uma sombra, um ser esquecido, Minha alma escura, meu sonho partido. Meu ódio transborda naquilo que penso, E carrego nas letras um fardo imenso Não quero viver na mentira da fé, Nem me ajoelhar diante do que é. Meus olhos flamejam com fúria intensa, E minha alma grita por vingança imensa.

Sussuros da solidão

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Eu caminho na sombra do desprezo, onde os ecos dos risos não me pertencem. Sou folha caída em chão árido, esperando o vento que nunca vem. Carrego nos olhos o peso da rejeição, um vazio que grita, mas ninguém ouve. Quero ser amada, tocar um coração, mas os muros são altos, e minhas mãos, tão fracas. Será que um dia a maré vai mudar, e o sol me abraçará com ternura? Ou estou condenada a este abismo, onde o amor é apenas uma quimera? Humilhações sussurram, cortam fundo, como espinhos que nunca se quebram. Valerá a pena seguir em frente, se o amanhã carrega o mesmo peso do ontem? Ainda assim, há uma faísca escondida, uma esperança teimosa que insiste em brilhar. Talvez, além da escuridão que me cerca, exista um lugar onde eu possa respirar. E se não houver, que eu invente, um refúgio onde a dor não me enfrente. Pois, mesmo na incerteza, sou chama, e quem sabe um dia, eu serei a que ama.

Depressão

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Meu coração está sangrando Procuro o sangue estancar Mas a ferida cada vez mais se abre E parece não cicatrizar Minha alma grita de dor Mas ninguém parece se importar Peço  a Deus para me dar um consolo Estou sem forças para continuar  O meu mundo cada vez mais vazio Não me encontro em nenhum lugar Minha vida perdeu o sentido Sou um anjo e não posso voar.